Resenha: Ela tem 15 anos. Ele, 38. Quando o vê, é fulminada pelo poder
de sedução daquele homem bonito, elegante, divertido e encantadoramente
sensual.
Depois de um tempo de namoro esfuziante, fica
sabendo que ele é casado. Ao ver perpetuar-se a indesejável condição de reles
amante, a paixão estremece. Quando decide pôr fim à relação, descobre-se
grávida. E agora? Conta para os pais, encara os preconceitos e leva em frente a
gravidez, ou aceita a proposta do namorado e encerra o assunto fazendo um
aborto?
Diante de decisão tão difícil, Cris se sente só e desamparada. O que fazer?
Esta é uma história de verdadeiro crescimento e, como a vida, reserva também boas surpresas. Será que inclusive para Cris?
Diante de decisão tão difícil, Cris se sente só e desamparada. O que fazer?
Esta é uma história de verdadeiro crescimento e, como a vida, reserva também boas surpresas. Será que inclusive para Cris?
Minha
opinião: Cris é uma
menina de 15 anos que tem tudo na vida, mas acaba se apaixonando por um cara,
obviamente lindo, mas que é casado. As pessoas geralmente dizem “Ahhh isso não
acontece comigo...”, mas acreditem que acontece sim!!!! Quando ela descobriu
que ele era casado ela já estava apaixonada, então, não era uma opção terminar
com ele e sim esperar que ele terminasse com a mulher. Para piorar ainda mais
os problemas Cris engravida.
“Viver é
amar, amar é viver. Como é que se pode viver sem amor?
Rodrigo,
bendito o dia em que você entrou na minha vida. Você veio para ficar
em minha
alma, em meu coração.
E você quer
saber mesmo?
ESTE AMOR
VEIO PRA FICAR.”
O livro é bem infanto juvenil, mas com um tema muito
forte e que nos causa dor do começo ao fim, as vezes sentimos raiva de Cris por
ela ser tão burra e não enxergar que o cara é um idiota e que está enganando
ela. Depois ficamos brava por ela sempre empurrar o “relacionamento” e tapar o
sol com a peneira, mas é tudo muito tarde demais.
Recomendo para todas as idades o livro. Para nós
mulheres dos 15 até quando der para enxergar... kkkkkkkkkkkk
“Nada mais certo que a lei de Murphy: quando
alguma coisa começa errada,
fatalmente acaba errada.
Foi o que aconteceu com a gente em Porto
Seguro. Começou errado, com o
Rodrigo me obrigando a viajar sozinha, a
dormir sozinha em meu quarto, e
aparecendo bêbado para me ver.”
A mãe da Cris é uma ótima mãe, ela deu apoio a filha dela
do começo ao fim da história e não perdeu a paciência. Sempre estava disposta a
ajudar a filha e nunca disse nada para magoá-la simplesmente disse verdades sem
machucar. O pai dela eu achei bem neutro na história.
“Me segurei para não chorar durante todo o
caminho. Na hora de sair do
carro, me passou pela cabeça pedir que ele
me esquecesse, mas acabei
dizendo outra coisa bem diferente:
— Me liga amanhã.”
Eu li esse livro já faz uns 4 anos mais ou menos e sempre
quando eu leio me causa algo no estomago, no qual eu não curto muito. Acho que
todo ser humano erra e não culpo Cris por tudo que aconteceu, acho que isso
pode acontecer com qualquer um e o livro relata muito bem todos os pontos
positivos e negativos da história.
Álvaro Cardoso
Gomes ainda deu uma entrevista muito boa no final do livro e quem quiser
dar uma lida, aproveitem:
No seu livro, cuja
protagonista é mulher, há um realce da psique feminina. Você demonstra bastante
sensibilidade para entender o universo feminino, especialmente da adolescente.
E o fato de o texto estar na primeira pessoa o torna ainda mais verossímil. De onde
vem esse conhecimento da alma feminina?
Parto do princípio de que todo escritor deve ter
imaginação; provido dessa faculdade superior, pode muito bem construir tanto a
psique de um homem quanto a de uma mulher. O conhecimento da "alma
feminina", no meu caso(e penso que na maioria dos escritores), provém de
fontes diretas e indiretas.
As fontes diretas referem-se às mulheres com quem convivi
— minha mãe, irmãs, as filhas e, sobretudo, as mulheres que amei —; já as
fontes indiretas, aos livros que li (e também aos filmes e peças a que assisti)
e que têm personagens femininas marcantes, como a Aurélia, de Senhora, a
Capitu, de D. Casmurro, a Emma Bovary, de Madame Bovary, a Ana Karenina, do
romance de mesmo nome, etc.
O tema do livro, o
relacionamento amoroso entre uma adolescente de 15 anos e um homem maduro, é
delicado e pode suscitar polêmica nos meios mais conservadores. O que o levou a
escolher esse tema?
Exatamente o fato de ser polêmico, pois acredito que um
livro deve mexer em temas-tabu, mesmo indo contra a corrente, mesmo suscitando
polêmicas com pessoas conservadoras, porque é desse modo que a realidade se modifica
que as pessoas tomam posições diante da vida.
Diante da
liberação sexual da mulher e da igualdade de direitos preconizada entre os
sexos, o drama da sedução causando vítimas não pode parecer anacrônico? Fale um
pouco sobre essa questão.
Sim e não — a realidade é muito mais complexa do que
parece a um primeiro olhar. Se nossa sociedade parece tão liberal, por outro
lado não deixa de ser machista e preconceituosa, muitas vezes criticando
injustamente posturas assumidas por mulheres e jovens ou mesmo impondo valores
retrógrados, baseados em códigos anacrônicos e fora da realidade.
“Se nossa sociedade parece tão liberal, por outro lado
não deixa de ser machista e preconceituosa,..”
Há quem acredite
que o "ficar" entre os jovens seja bastante positivo por propiciar
que eles vivenciem o amor e o sexo de forma experimental e libertária, com igualdade
entre homem e mulher. Como você enxerga essa questão?
De certo modo, o "ficar" me parece extremamente
positivo, por permitir que o amor se torne uma brincadeira, uma espécie de jogo
amoroso, sem o rigor de um comprometimento, como acontecia antigamente, em que,
muitas vezes, o jovem acabava por estabelecer relações mal amadurecidas, mal
resolvidas.
Mas também penso que o simples "ficar" pode
cair num outro extremo, na negação daquilo que torna o amor um sentimento
profundo, capaz de ligar o homem e a mulher por meio de um comprometimento de
alma, muito além das relações superficiais, que lembram aquelas que as pessoas
costumam manter com os objetos de consumo.
Alguns personagens
do seu livro lembram os de uma fábula, em que o bem e o mal aparecem distintos.
Foi essa sua intenção, mostrar valores claros por meio da caracterização dos personagens?
Não vejo bem assim. Embora o Rodrigo seja uma personagem
intrinsecamente sem caráter, não é propriamente uma pessoa má, como as
personagens das fábulas e dos folhetins românticos. Do mesmo modo, a heroína do
livro, embora demonstre ter caráter e amadureça muito no desenrolar da
história, peca por ter mentido, por vaidade, por deixar de lado futilmente quem
mais a ama. Penso que, na verdade, as minhas personagens são pessoas comuns, umas
mostrando mais que as outras uma maior quebra de caráter ou melhores princípios.
A gravidez costuma
gerar sérios conflitos familiares. No caso de Crís, os pais lhe deram imediato
e total apoio. Houve aí a intenção de mostrar qual seria a atitude ideal dos
pais numa situação como essa? E, colocando-se no lugar deles, como seria a sua
reação?
Creio que a atitude mais correta é essa mesma. Embora uma
garota deva ser bem consciente dos problemas e riscos que uma gravidez precoce
pode trazer, o fato de ficar grávida não deve constituir para os pais nenhuma tragédia.
Como numa situação dessas, via de regra, os jovens costumam ficar traumatizados,
mais do que nunca precisam ter o apoio irrestrito dos pais. É como penso e é
como faria numa circunstância igual a essa.
“O fato de ficar grávida não deve constituir para os pais
nenhuma tragédia.”
Para você,
escrever para os jovens é...
Procurar dialogar com uma faixa etária tão distante de
mim, para que ainda possa ver o mundo com outros olhos, recuperando, por meio
da escrita, aspectos da minha própria juventude. É uma tarefa complexa essa
porque implica encontrar não só uma linguagem adequada, que seja verossímil,
como também reconstruir um universo que não é mais o meu e que só a mim me pertence
nas relações que mantenho com alguns poucos jovens e com meus filhos pequenos e
adolescentes.
Ao escrever este
livro, você procurou despertar algo em especial nos jovens? O que você espera
que permaneça após a sua leitura?
Sempre digo que a primeira coisa que pretendo com um
livro é prender o jovem com a história que inventei, fazer que ele navegue no
espaço do meu imaginário. No caso de Este amor veio pra ficar, quis que o
leitor se entregasse ao fluxo da narrativa e embarcasse numa história de amor,
para que, de certo modo, pudesse refletir sobre a importância dessa palavra tão
desgastada, que é o amor.
“Quis que o leitor se entregasse ao fluxo da narrativa e
embarcasse numa história de amor...”
Além de escritor,
você é professor de Literatura. Quando e como você descobriu essa vocação para
as letras?
Descobri essa vocação, se é que podemos falar em vocação,
muito cedo, quando mal aprendi a ler, aos sete anos de idade (em minha época,
começava- se tarde a aprender a ler). Depois disso, me encantei de tal maneira
com os livros que comecei a sonhar em ser escritor. Já na adolescência, me pus
a escrever contos e crônicas e descobri que a vocação, o talento só podiam ir adiante
com esforço, com trabalho, com leituras. Acabei me transformando em professor
mais por acaso, talvez porque, nessa carreira, desconfiasse de que poderia, um
dia, trabalhar quase exclusivamente com Literatura, como realmente acabou
acontecendo.
Eunice Ely
2 comentários:
Todo livro sobre romance tem um cara lindo, perfeito e blá blá blá.
Acho que deveriam mudar um pouco o conceito da coisa, é sempre o mesmo cara para falar a verdade e sobre o livro ele parece mesmo ser bem interessante, bem carregado, deve ser mesmo uma ótima leitura.
Bjos!
http://livronasmaos.blogspot.com.br/
Oi Ni, nossa a menina tem só 15 anos e o cara 38, 23 anos de diferença, muita coisa hein, me deu curiosidade de ler o livro...
BjOs!!!
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