Sinopse:
Uma carta de amor para o mundo dos livros “Livrarias atraem o tipo certo de gente”. É o que descobre A. J. Fikry, dono de uma pequena livraria em Alice Island. O slogan da sua loja é “Nenhum homem é uma ilha; Cada livro é um mundo”. Apesar disso, A. J. se sente sozinho, tudo em sua vida parece ter dado errado. Até que um pacote misterioso aparece na livraria. A entrega inesperada faz A. J. Fikry rever seus objetivos e se perguntar se é possível começar de novo. Aos poucos, A. J. reencontra a felicidade e sua livraria volta a alegrar a pequena Alice Island. Um romance engraçado, delicado e comovente, que lembra a todos por que adoramos ler e por que nos apaixonamos.
Minha opinião:
Após terminar A vida de um livreiro estou um tanto quanto
melancólica. Como o próprio livro diz é mais fácil escrever sobre as coisas que
detestamos do que sobre as coisas que amamos. É muito difícil, pra mim,
escrever o que esse livro me fez sentir, e quão real ele me pareceu.
“Uma questão sobre a qual muito pensei é por que é tão mais fácil escrever sobre coisas que desgostamos/odiamos/cremos ser falhas do que sobre as coisas que amamos” – pág. 173
A vida de A.J. Fikry tomou uma reviravolta brusca quando
sua amada esposa Nic morreu em um acidente de carro. De uma vida feliz em meio
a suas paixões – os livros e a mulher de sua vida – para, agora, em seus
quarenta anos, tomar conta sozinho da livraria que abriu com sua falecida
esposa e beber todas as noites a fim de esquecer sua infelicidade.
A.J. se
tornou um homem amargo e muito solitário que nem os livros conseguem mais
apaziguar e está prestes a se aposentar e desistir de tudo quando o destino
sofre mais uma reviravolta e dá a A.J. mais uma chance de ser feliz.
Nas primeiras páginas do livro confesso que fiquei um
tanto confusa com a narrativa da autora. Ela começa a contar a história da vida
de A.J de uma forma um tanto desconexa e sem aprofundamento. É quase como se
escolhesse acontecimentos aleatórios da vida dele e jogasse no livro para que o
leitor interpretasse e preenchesse as lacunas como quisesse.
Além disso, o fato
de a narrativa variar de ponto de vista, ás vezes até para personagens
secundários, confunde um pouco o leitor. Porém, um pouco mais pra frente,
quando alguns mistérios são revelados e a história começa a fazer sentido, vi
que estava completamente enganada e comecei a compreender o propósito da autora
e perceber a beleza da obra.
“Lembre, Maya: as coisas que nos tocam aos vinte não são necessariamente as que nos tocam aos quarenta, e vice-versa. Isso é verdade para livros e para a vida.” – pág. 37
O modo como a narrativa vem e vai no passado e presente e
entre os personagens principais e secundários apenas reforça a idéia de que a
vida de todos, de uma maneira ou de outra, está conectada de alguma forma. A
autora nos mostra como uma atitude impensada tem um impacto – bom ou não – na
vida de outras pessoas. Mostra como o destino ás vezes muda nossa vida da água
pro vinho e como o amor pode nos mudar e ao nosso cotidiano.
Ao longo do livro vamos acompanhando as mudanças em A.J.
e em sua vida, como ele acaba encontrando a felicidade e compartilhando suas
paixões – os livros – com as pessoas que ama. O livro todo é encantador e nos
traz mensagens lindas sobre a vida no modo geral e tudo que realmente importa
no final das contas. A autora, no seu modo sutil de narrar, torna tudo muito
real: os conflitos, as emoções, as tragédias, os desencontros, e o crescimento
pessoal de cada personagem.
É uma obra que é bela justamente na simplicidade da vida
do livreiro. Além disso, recomendações literárias de A.J. no início de cada
capítulo com seus comentários sobre os livros são encantadores, de encher os
olhos de qualquer leitor. Outra coisa que encanta é o modo como todas as fases
da vida por quais A.J. passa está de alguma maneira ligada a um livro, e pra
qualquer amante da literatura isso é emocionante. Acabamos então por conhecer o
gosto literário de A.J. e a opinião dele sobre diversos livros.
“As pessoas contam mentiras chatas sobre política, Deus e amor. Vocês descobre tudo o que precisa saber sobre uma pessoa com a resposta desta pergunta: Qual é o seu livro preferido?” – pág. 69
É simplesmente impossível não se encantar com a história
de A.J. e não se sentir emocionado com as mensagens de vida que o livro traz.
Esse é o tipo de livro que te toca e te transforma em outra pessoa, que
qualquer apaixonado por livros deveria ler.
Apenas fazendo uma última ressalva, gostaria de deixar
expresso aqui que fiquei incomodada com a falta de capricho da revisão. Antes
de ler já tinha ouvido falar que foi uma revisão um tanto mal feita, então ao
ler já estava procurando pelas falhas, e acreditem, encontrei algumas. Apesar
desse fato – triste, na minha opinião – esse ainda é um livro que vale a pena
ser lido.
Larissa Gaigher
4 comentários:
Ai, não tem como não amar o A.J. né? O personagem é turrão, mas aqueles turrões do bem! AHAHHA eu adorei a leitura desse livro, achei fluida apesar da maneira como ela transcende os tempos, muito interessante!
http://www.livrologias.com/
Sim Camila, amei o A.J. <3 E concordo com você, a leitura flui bem rápido e é envolvente apesar de tudo! Amei o livro!
Beijos
O livro é lindo e emocionante Gabriel, apesar dos erros vale bastante a pena, mas sugiro que, se você souber ler em inglês, procure o original, tenho certeza que vai ser bem melhor!
Beijos
Oi Larissa na minha opinião todas as pessoas que amam livros deveriam ler A Vida do Livreiro A.J. Fikry, é uma leitura maravilhosa, eu simplesmente amei, é um dos livros que pretendo reler em breve. Adorei sua resenha você soube expressar muito bem o que o livro nos transmite.
Beijos!!!
http://livrospuradiversao.blogspot.com.br
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