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Resenha: Real - Katy Evans – Novo Século


Sinopse:

Remington Tate tem a reputação de ser um bad boy, dentro e fora. É conhecido também pelo corpo escultural e pelo poder, sexy e selvagem, que emana de cada gota de suor, levando toda e qualquer mulher que o veja a um verdadeiro frenesi. Em seus olhos, brilha um desejo brutal, devastador e real. Brooke, uma especialista em fisioterapia esportiva, é contratada para manter aquele corpo funcionando como uma máquina mortal. Esse parecia ser seu emprego dos sonhos, mas, ao circular pelo perigoso circuito de lutas clandestinas com Tate e sua equipe, Brooke passa a ser dominada por um novo sentimento, um fogo e uma necessidade com os quais ela não sabe lidar. O que começa com um simples flerte pode virar uma obsessão sexual incontrolável. Terríveis segredos serão revelados, e Brooke deverá lutar para manter-se sã, discernindo o que há de real e o que é pura ilusão em seus próprios sentimentos.

Minha opinião:

Pra começar essa resenha quero deixar uma coisa bem clara: esse é um livro explicitamente erótico. É um livro que trata do sexo como uma coisa carnal, que fala sobre desejo, sobre o corpo, sobre luxúria. Não que o livro seja somente isso, mas tenho deixar claro que não é o romance mais leve dos New Adult, é um livro realmente erótico. Dito isso, vamos falar sobre a história do livro.

Os protagonistas são Remington Riptide Tate, um ex lutador profissional de boxe que foi expulso e agora luta no underground, e Brooke Dumas, uma atleta que teve seu sonho de competir nas olimpíadas destruído após uma lesão no joelho.  Os dois se conhecem quando Brooke é levada por Melaine, sua melhor amiga, sobre livre e espontânea pressão à uma luta no underground. Acontece que o lutador era o famoso Riptide, que não perde quase luta alguma e que ao por os olhos em Brooke já a deseja instantaneamente.

Tudo bem, isso de eles se olharem e já se desejarem com tanta intensidade como aconteceu é um pouco surreal, mas é de acordo com a história – tolamente intensa. A partir daí entramos em um furacão de acontecimentos: Remy “vai atrás” de Brooke e acaba a contratando para sua equipe, embora ela tivesse expectativas completamente diferentes quanto ao tipo de relacionamento que eles teriam, se é que me entende.

Eu não sei se sou ruim pra ele ou ele pra mim. Tudo que sei é que isso é tão inevitável quanto um tsunami, e só estou me preparando para o mergulho da minha vida. – Brooke.

A convivência entre os dois durante os meses de underground é intensa demais. Remy é um tanto instável e contraditório, mas tem suas razões pra ser, o que eu não vou dizer porque seria spoiler e eu não quero estragar a leitura de ninguém, rs.

Durante esse tempo em que eles trabalham juntos vamos conhecendo as muitas facetas de Riptide e nos apaixonando por ele aos poucos. Ele pode ser muito bruto e muito sensível ao mesmo tempo, é um homem mas é também um menino, ele é contradição pura e, confesso, bem clichê, mas também muito prazeroso desvendar completamente o Remington.

Protegê-la é meu privilégio. Eu vou proteger a você e qualquer coisa a quê você dá valor é importante para mim também. – Remy.

As cenas hots são exatamente isso: hots. Se você não está acostumada com a linguagem crua dos eróticos não vai curtir muito essas cenas. Mas se você é fã dos eróticos vai gostar, pois é o sexo carnal, mostrado vivo e sem o embelezamento dos romances leves. É puramente sexo quente, muito bem descrito, chega a nos passar as sensações da personagem.


No geral é um livro que vale a pena. Intenso e bem escrito até a última linha e que mexe com o imaginário da mulher. Todo o cenário das lutas e tudo que acompanha isso – as festas, as mulheres, a bebida – é explorado no ponto certo e gostoso de acompanhar. Os personagens também foram muito bem construídos e desvendá-los durante a leitura é um dos pontos altos do livro. Recomendo o livro pra quem está na onda dos eróticos – é um livro muito bem narrado e uma mistura no ponto certo de original e clichê. 


Larissa Gaigher

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Bienal do Livro SP EU FUI * * [Parte 2] - Dia 29 de Agosto

Esse foi o dia mais curto que passei na Bienal, fui mesmo para participar do Porre Literário, um evento organizado pela fofa da Karina Andrade que sempre ocorre no último sábado de cada mês na Livraria FNAC da Paulista, mas que excepcionalmente esse mês ocorreu na Bienal * * e para levar minha amiga que gosta de literatura mas não é tão fanática quanto nós por livros rs, para conhecer esse evento tão importante para nós.

Saí do serviço as 15:30 e até me locomover até o Terminal Tietê demorou muito, e quando cheguei la pasmem, as 16:15 estava uma fila imensa para poder embarcar no ônibus gratuito para a Bienal, quase meia hora depois, enfim chegava ao Anhembi. 





















No Anhembi para a minha surpresa, a fila para comprar ingresso estava minúscula, compramos e entramos na Bienal em menos de dez minutos, algo que considero um verdadeiro milagre! Lá dentro estava lotada para uma sexta-feira, pois tinha muitos alunos que vieram em excursões escolares, e crianças e adolescentes la era uma loucura, eles correm pra cá, correm pra lá, esquecem que tem pessoas a sua volta, uma loucura. Mas mesmo assim, é muito gratificante ve-los tão empolgados pela literatura tão cedo :) 

Enfim encontramos o estande da Editora Record que já estava cheio, lá descobrimos que o Porre ia ocorrer num local minúsculo e onde mal caberia 15 pessoas, quem diria umas 40 que era por baixo o que tinha lá, por esse motivo não consegui ir em nenhum estande antes do evento, pois não queria perder meu lugar.




















O Porre Literário especial Bienal tinha como convidadas as autoras nacionais Bianca Briones e Carina Rissi, as duas foram até la divulgarem seus lançamentos e lerem um trecho especial de cada livro, A Brianca para quem não sabe ainda esta lançando o livro As batidas perdidas do meu coração, que já foi resenhado AQUI pela Ni e a Carina estava lançando o segundo volume da série Perdida, o intitulado Encontrada. 





O bate papo dessa vez girou em torno dos livros da editora Record (patrocinadora do evento) favoritos da Karina Andrade e os que ela mais deseja ler, foram ótimas dicas, como por exemplo, a série Gone que o namorado da Karina adora, Todo DiaMenina de VinteO Diário de Anne Frank dentre vários outros títulos. O objeto de desejo da noite, fora os autógrafos das autoras era o vale compras de R$150,00 que um sortudo ia levar para gastar na Record, mas para variar eu bati na trave, pois duas pessoas ganhariam o vale, aquelas que fizessem as respostas mais criativas a um desafio feito pela Karina, eu fui selecionada para ir na frente entre as melhores, mas não fiquei entre as duas escolhidas * mimimi *. 



Mesmo não tendo ganhado o vale compras, me esbaldei na Record pois chorando rs ganhei 40% de descontos nas minhas compras e pude trazer para casa vários livros divos, e claro comprar meu exemplar de As batidas perdidas do coração para pegar autógrafo com a fofa da Bianca Briones.


Antes de ir embora, afinal já era quase 21:00 fui ao estande da Modo para ver se encontrava a fofa da Janaina Rico e comprei enfim meu exemplar de Sussurros da Alma da Mandy Porto, que foi relado pela Modo, mas que tem como título original Sussurros de uma Garota Apaixonada que já resenhei para o blog AQUI e adorei. 


Estava há tempos atras desse livro e enfim vou ter as duas versões na minha estante! Na Modo comprei também Cartas para um pai da Janaina que também foi resenhado AQUI e de lá enfim fomos eu e a Beth (minha amiga) cansadéssimas para casa e eu com a missão de voltar no dia seguinte, mas essa é outra histórias, alias outro post!


Compras



Comprei nesse segundo dia de Bienal 10 livros, a grande maioria como podem ver no estande da Record. O primeiro da foto é Os três mosqueteiros, achei ele em capa dura na Ciranda Cultural por R$5,00 é a versão adaptada e ilustrada e achei uma ótima compra. O próximo foi como já disse acima, As batidas do coração que com o desconto saiu por R$21,00 para um lançamento achei um ótimo preço. Tabuleiro dos Deuses foi minha única compra na Companhia das Letras que estava com os preços altíssimos! Como ele estava em promoção por R$19,90 comprei pois adoro a Richelle Mead. Cartas para um pai estava na promoção por R$10,00, mas como comprei dois livros, ganhei um desconto e saiu por R$9,00. Sussurros da alma foi R$12,00 com o desconto que recebi, mas em outro dia que voltei para compra-lo para uma amiga, me contaram que quando sobrou só 3 exemplares, ele foi vendido a R$5,00 o.o !!! Garoto encontra Garoto é um lançamento do David Levithan e com o desconto paguei R$15,00, achei um bom preço. Hex Hall vol.02 queria há muito tempo, porém sempre esta MEGA caro, então aproveitei os 40%, ele saiu por R$21,00. Os dois livros de sobre Pedagogia foram presentes que ganhei de um amigo, cada um saiu por R$30,00 e também foi na Record, um dele e um meu * *. E por último comprei para o meu namorado o tão aguardado por ele lançamento do terceiro volume da série Cronicas dos Senhores de Castelo, mesmo com o desconto esse foi o valor mais caro que paguei, saiu por R$35,00 com o desconto, pois sem esse desconto sairia por 59,90 o.o, essas foram minhas comprinhas, adorei cada uma delas!

Brindes

Esses foram os brindes que trouxe desse segundo dia, ganhei a sacolinha (mini ecobag) da coleção A Mediadora da Meg * *

Bom é isso, adorei tudo e até a próxima!


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Um dia - David Nicholls - Intrínseca

Sinopse: 

Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro.
Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas - vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois.
Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida.

Minha opinião:

Dex e Em, Em e Dex.    
Vou sair um pouco do convencional e fazer dessa resenha um quase desabafo, bem emocional, porque é assim que o livro me deixou: emocional. É o tipo de livro que além de ser um passatempo e ter uma história linda, traz uma mensagem importante e te faz refletir sobre várias coisas, sobre a vida.
Um dia é o livro que te faz pensar sobre o rumo da sua vida. Te faz pensar sobre todas as oportunidades perdidas, e sobre destino e amizade e amor. Mas acima de tudo sobre medo. Medo de se abrir, medo de tomar uma atitude, medo de estar errado e não dar certo, medo de dizer o que realmente sente. Um livro que te faz repensar tudo e querer fazer tudo valer à pena. Viver cada dia como se fosse o último.   

“Você é linda, sua velha rabugenta, e se eu pudesse te dar só um presente para o resto de sua vida seria este. Confiança. Seria o presente da Confiança. Ou isso ou uma vela perfumada.”

Emma e Dexter se conheceram em 14 de julho de 88 após a formatura, na qual passaram uma noite juntos, apenas isso, junto, abraçados e conversando. Mas o que era pra ser apenas uma comemoração os tocou mais profundamente do que se pode pensar, ou admitir. Eles tiveram uma amizade de anos, se tornaram confidentes, inseparáveis.

Os anos passam e o romance nos mostra flashes da vida de ambos, sempre narrando o dia 15 de julho de cada ano. A vida de ambos não tomou o rumo esperado, e eles se sentem ainda muito perdidos, e durante essa trajetória se comunicam através de cartas e telefonemas e alguns encontros ocasionais nos quais contam suas histórias e desabafam suas frustrações. As viagens e festas de Dexter e a luta no trabalho de Emma. Com todas as suas diferenças eles construíram uma amizade insubstituível que só quando lhes é tirada percebem o quanto sentem falta um do outro. Aos poucos eles constroem um amor que não tem como não ver, embora eles não admitam um ao outro e deixam o tempo passar sem realmente aproveitar e só quando é quase tarde demais eles se dão conta do que tem.         

Durante a narrativa entramos profundamente nas vidas de Emma e Dexter, suas angústias, suas frustrações, seus sonhos, suas realizações e seus sentimentos. Eles nos fazem rir em um momento pra poder chorar no outro.      

“Eles falavam muito pouco do que sentiam um pelo outro: não havia necessidade de frases bonitas e pequenas atenções entre amigos tão experientes.”


O livro nos traz muitos questionamentos sobre a vida de Dex e Em, e sobre nossas próprias vidas. Será que poderia ter sido diferente? Tantos desencontros, perda de oportunidades. Toda vez que menciono a história tenho vontade de chorar e digo a mim mesma que quero aproveitar o máximo da vida e fazer tudo que eu tiver vontade.

O modo como o romance é narrado faz-nos identificar com eles. A perspectiva do futuro, a vida ‘real’, o que fazer de agora em diante, qual carreira seguir, se vamos casar e ter família, se vamos ficar sozinho e em meio a tudo isso tem o nosso medo de admitir os sentimentos até pra nós mesmos. Alguns ainda passam por aquela ‘compulsão’ de jovem de querer se divertir, aproveitar a vida sem realmente se importar e ter responsabilidades etc.     

“Emma franziu o cenho, meneou a cabeça e abraçou-o mais uma vez, apoiando a cabeça no ombro dele, soltando um grunhido quase raivoso.  
- O que foi? – ele perguntou.   
- Nada. Ah, nada. É que… – Olhou para ele. – Eu achei que finalmente tinha me livrado de você. - Acho que você não vai conseguir fazer isso – respondeu Dexter.”


É um romance muito real, com personagens que poderiam ser nós, ou algum amigo, ou familiar, alguém com certeza já passou por essa experiência. Pessoas que buscam algo em comum: Ser feliz, mesmo quando essa felicidade ta do nosso lado e nos recusamos a vê-la.

Realmente nos faz pensar em tudo que podemos ter se tomarmos uma atitude e não deixarmos as coisas pra depois. Faz-nos pensar que não deveríamos esperar tanto, pois um dia pode ser tarde demais.         

Dex e Em, Em e Dex.        
Vinte anos.  
Duas pessoas.        
Um dia.




Larissa Gaigher

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Resenha: Túneis da Morte - Necrovias - Livro 01 - Niel Bushnell do Grupo Editorial Pensamento

Sinopse:

Quando Jack Morrow descobre que não é um menino comum, ele é arrastado quase imediatamente numa aventura surpreendente, muito além de qualquer coisa que um dia tenha imaginado. Isso porque Jack é um Viajante, alguém com a capacidade de viajar através das Necrovias, túneis que ligam cada lápide ao dia em que a pessoa morreu. Ao se ver na Londres devastada pela Segunda Guerra Mundial, na companhia de David, seu avô, na época ainda adolescente, Jack percebe que sua chegada a 1940 não passou despercebida. Forças malignas de um mundo secreto são convocadas a encontrá- lo. Enquanto Jack luta para sobreviver nessa aventura cheia de perigos e surpresas, ele acaba por desvendar o segredo sombrio da sua família, e se empenha, numa corrida contra o tempo, para tentar mudar o seu destino...

Minha Opinião:  

Comecei a leitura de Túneis da Morte imaginando uma coisa e encontrei outra totalmente diferente, não sou de ler muito sinopse de livros, pois geralmente trazem spoiler do mesmo, o que realmente me desagrada, o que geralmente leio são resenhas, pois a maioria retrata bem o que é o livro sem entregar parte de seu conteúdo. Mas no caso desse livro, não havia encontrado até nenhuma então nenhuma resenha e como a divulgação dele foi bem chamativa e a capa prometia, resolvi solicitá-lo e me arriscar na leitura e essa foi uma boa ideia.

Túneis da morte ao contrario do que eu imaginei e aposto que muitos pensam ao ver esse titulo e capa, não é um livro muito sobrenatural ou de terror misturado com viajantes do tempo, ao contrario, ele é mais voltado para a aventura e sim viagem no tempo. 

O livro narra a história de Jack Morrow um pré adolescente que tem uma vida muito complicada, ele não se da muito bem na escola, sua mãe morreu e ele não consegue lidar bem com isso e para ajudar seu pai vive sendo preso, alias o livro já começa com seu pai avisando que vai ser preso novamente e ele terá que ir morar com uma tia distante por um tempo, algo que ele realmente não quer. 

No dia que seu pai lhe da essa notícia, Jack vai até o túmulo de sua mãe e la começa a relembrar os momentos felizes que passou com ela, quando ele se da conta ele esta de volta há 2008 dia em que sua mãe morrera, não sabendo como chegou lá e não entendendo nada do que esta acontecendo, ele se assusta ao dar de cara com Davey que diz ser seu avô e que sua vida esta em perigo e pior, lhe conta que ele é um viajante, capaz de viajar no tempo através das Necróvias.

“- Jack fez um gesto com os punhos para o estranho. – Chega de perder tempo! – O velho agarrou os punhos de Jack, detendo-o sem esforço. – Tenho coisas demais para te contar, não posso desperdiçar um segundo! Você tem um dom raro, Jack. É um viajante, alguém que navega no tempo através dos túmulos. Você pode viajar pelas Necrovias. São túneis, túneis do tempo. Cada Necrovia liga o túmulo da pessoa ao dia da morte dela. Viajantes como você, Jack...podem abrir uma Necrovia e viajar para o passado através dela.” Pag. 18

Diante disso, Jack embarca numa grande aventura, voltando para 1940 e tendo que resolver o mistério sobre uma rosa, que todos pensam estar com ele, principalmente o grande vilão da história Rouland, que não medira esforços para conseguir arrancar o que quer dele, para isso ele terá que contar com a ajuda de seu avô que nessa época tem a mesma idade que ele e não é muito confiável e Eloise uma ex-paladina que já foi da equipe de Rouland, mas que agora fará tudo para ajudá-lo. 

Gostei muito do desenrolar da trama, simpatizei com o Jack, não foi meu personagem favorito, mas entendo pelo que passou e todas as suas desconfianças e vontade de ter sua mãe de volta. Davey não me cativou, principalmente por seu caráter dúbio, tinha momentos que eu achava que ele era um pé no saco e tinha momentos que o achava um fofo, vai entender! Já Eloise foi minha personagem favorita, achei destemida e focada, o que trouxe outro nível para a trama. 

Túneis da morte não foi o que eu esperava, mas gostei muito da leitura e a recomendo bastante, tem bastante ação e fantasia, a história pode até lembrar outros livros, mas mesmo assim tem sua originalidade e tem uma narrativa fluente. É uma ótima pedida para os fãs do gênero e principalmente para o público infanto-juvenil, é uma ótima dica para dar de presente ou ler em uma ou duas tardes onde se queira viajar para outro tempo e mundo.



 Renata Sara


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Bienal do Livro SP EU FUI * * [Parte 1] - Dia 23 de Agosto

Então finalmente agosto de 2014 chegou depois de tanta espera e eu pude depois de muito sonhar, voltar a Bienal do Livro *-*, estava mega empolgada e vou contar aqui para vocês tim tim por tim tim do que aconteceu no meu primeiro dia de Bienal do Livro, mas já aviso que vai rolar aqui no blog várias partes em volta desse tema, já que fui a Bienal não uma, mas quatro vezes ^-~



No sábado de manhã tive que ir ao médico e lá só saí por volta das 12h, meio dopada de remédios, já que tomei soro e injeção, mas acham que isso me impediria de ir ver a Bienal? Claro que não! Saí de lá direto para casa, tomei um banho, fui almoçar e saí correndo rumo ao Anhembi.

Cheguei na estação Barra Funda do Metrô que oferecia ônibus gratuito para a Bienal por volta das 14:30, a fila estava pequena e as 15:00 já estava na Bienal, mas quando desci do ônibus começaram as surpresas, a começar por descermos muito longe da bilheteria e não haver uma placa sequer dizendo “siga em frente” para nos direcionar, saímos andando a esmo, procurando para enfim ver a luz no fim do túnel, mas quem dera o drama terminasse por aí... Chegamos nos guichês e os funcionários do evento iam gritando sigam em frente, então seguimos, mas de um ponto em diante não havia mais nenhum funcionário, nenhuma placa nada que indicasse o fim dessa fila, pessoal pasmem, a fila estava fora do Anhembi, sim fora daquele local imenso e dava várias voltas, isso porque eu fui num horário que imaginei ser mais “calmo”, a fila era uma desorganização total, ninguém sabia o final, pessoas cortando fila, um sol imenso no nosso rosto e nenhum funcionário para explicar nada, confesso que o sábado foi a dia da decepção com a organização do evento. Mas ainda bem, tudo foi compensado.

Depois de 50 minutos de fila, eis que entrei na Bienal *-* e lá encontrei um mini caos, muitas pessoas, muitas pessoas mesmo ! Combinei de encontrar a Janna do blog Livros Pura Diversão, seu marido Cleiton, a Ni aqui do blog e sua prima, eu estava acompanhada com meu namorado, mas levamos mais de uma hora para enfim nos encontrarmos. Não dava para andar em lugar nenhum de lá. Mas estava tudo tão lindo que compensou.



Enfim encontrei o pessoal e aí começou nosso passeio, fomos primeiro comer, pois a Janna e o Cleiton estavam azuis de fome rs, e a fila para comer e conseguir lugar estava imensa, uma hora depois fomos andar. Era humanamente impossível entrar nos estandes da Novo Conceito, Rocco, Arqueiro, Globo, Leya entre outros, por isso resolvemos escolher algumas, fomos na Intrínseca que estava com aqueles descontos que estamos acostumados e tanto adoramos, na Record que no dia estava mega lotada e cara, Geração Editorial que estava com muitas promoções, livros da Rachel Gibson por 9,90 e 12,00, Literata para finalmente conhecer a Deise Muller e na Gente/Única que estava com 50% de descontos em seus títulos.

Passamos também no estande da Novo Século e lá encontramos a fofa e querida da Samantha Holtz, pessoal ela é muito amor! Um amor de pessoa, atenciosa e simpática por natureza! Lá ganhei dois livros de presente da Janna, um de Natal e outro de Aniversário, nem preciso dizer que AMEI né? Já garanti meu autógrafo e estou mega ansiosa para lê-los *-*, ahhh no final do dia enfim fomos na Arqueiro e não estava assim tão bom não, meio que me decepcionei.








A Bienal no sábado foi isso, rever “azamigas”, matar a curiosidade sobre como estava a Bienal e planejar onde ir nos outros dias e sim ir muitos dias para conseguir ver tudo. 



Apesar dos pesares, amei esse dia e o viveria de novo diversas vezes, mas no próximo evento, espero sinceramente que a Bienal não coloque tantos autores internacionais no mesmo dia, consiga arrumar a infraestrutura do local com mais banheiros e principalmente bebedores de água, pois não encontrei um! E saiba organizar as filas para compra de ingresso, porque nessa parte concordo, a organização foi vergonhosa!
Compras

















Na Intrínseca comprei Recomeço pois já li outro livro da autora, o Deslembrança que já foi resenhado AQUI, e como apesar dos pesares, gostei da narrativa da autora, resolvi apostar nesse livro e espero não me decepcionar, paguei 16,00 nele. Ainda na mesma editora comprei Silo, pois já li ótimas resenhas sobre ele e fiquei curiosa com a leitura, ele foi 20,00 e por último na Intrínseca, comprei A vingança da maré, paguei 5,00 sem nem conhecer o livro, somente por se tratar de vingança, tema que adoro rs. Na Geração Editorial comprei Branca de Neve em capa dura, com ilustração e texto original dos irmãos Grimm, há tempos queria esse livro e não podia perder a oportunidade de adquiri-lo por apenas 10,00, pessoal, esse livro eu já li e em breve teremos resenha *-*. Comprei também dois livros de Pedagogia, pois faço faculdade e vou me forçar esse ano - uhu - comprei Psicomotricidade por 12,00 e Psicopedagogia empresarial por 13,00. Na Novo Século comprei o Garota de Domingo da Letícia Black autora de Contos de uma fada já resenhado AQUI, estava curiosa para ler esse lançamento então corri para comprar, foi 20,00 também já li e em breve resenha *-*. Ganhei meus lindos livros da Samantha Holtz Quero ser Betty Levitt e Renascer de um outono. Comprei na Arqueiro por 9,90 a biografia do Reynaldo Giannechini intitulada Giane. Na Top Livros encontrei Corações Descontrolados por 10,00 e corri para pegá-lo. E foi isso, mas comprei muitos mais livros nos outros dias, aguardem pois ainda vem muita aventura por aí rs. Encerro com essa foto que tirei com a Janna, ficou hilária rs.


                             

                  Renata Sara

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Resenha: Perdida - Carina Rissi - Editora Verus


Sofia vive em uma metrópole, está habituada com a modernidade e as facilidades que isto lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor a menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe proporcionam. Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma complicada condição. Após comprar um novo aparelho celular, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como ou se voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa. Com a ajuda de prestativo Ian, Sofia embarca numa procura as cegas e acaba encontrando algumas pistas que talvez possam leva-la de volta para casa. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos.







Minha Opinião:


Ouvi falar tanto nesse livro nos últimos dias, que não resisti e acabei comprando.  Posso dizer que valeu muito a pena e que o livro fez jus a cada elogio que recebeu. Foram muitas indicações, muitas lutas contra spoilers e muita curiosidade de enfim saber quem era esse "tal de Ian" que arrancava tantos suspiros de várias meninas que eu conheço. Enfim, com o livro comprado, pude examinar bem a capa e vou começar falando dela, me apaixonei pela combinação entre vestido e all star vermelho - eu sempre uso all star com vestido, acho que a combinação fica super legal. A capa representa uma das roupas que a Sofia usou e eu achei muito digno ela estar estampada na capa do livro. Sobre a escrita eu não tenho nadinha a reclamar, nada mesmo! Carina tem o dom de usar a escrita moderna misturada com o estilo Jane Austen e com isso faz com que você tenha aquela vontade louca de devorar o livro o mais rápido possível. - li esse livro em 8 horas e estou aqui aguardando o livro "Encontrada" ansiosamente (está pra chegar). O livro tem começo, meio e fim e não sobrou nenhuma lacuna, considero hoje em dia uma raridade mediante os livros que tenho lido. Se você gosta de romance, Jane Austen e uma boa narrativa, Perdida com certeza vai ser um livro que você vai amar ler. Tive a oportunidade de encontrar a Carina em dois eventos que eu fui e posso afirmar, ela é toda linda e simpática, com toda certeza ela é uma pessoa maravilhosa que merece o sucesso que vem conquistando. 


"Mas eu não poderia viver sem Ian, tinha certeza disso. Seria como tentar viver sem respirar, sufocante, insuportável e impossível."


O livro conta a história de Sofia, uma jovem moderna, independente, mas extremamente dependente de celular e tecnologia. Sofia é estagiária em um escritório e se considera caseira. É muito fã de Jane Austen, mas não acredita no amor e nem em relações duradouras. Perdeu os pais aos dezoito anos e a única família que tem é a sua melhor amiga, Nina. Após uma noite regada a bebedeira para comemorar o "junta escova de dentes" da sua melhor amiga com o namorado, Sofia acaba deixando o celular cair na privada e se vê obrigada a comprar outro. Quando chega na loja, a vendedora a orienta em comprar um celular diferente e de ultima geração e afirma para Sofia que ele vai lhe dar tudo que ela precisa. Ela então se pega encantada pelo seu novo "monstrinho", porem o que Sofia não imaginava era que o celular que ela estava levando poderia surpreendê-la mais do que esperava. Ao sair da loja com o novo celular nas mãos, ela jamais poderia imaginar o que o futuro lhe aguardava, logo ao ligar o celular, Sofia acaba sendo levada para o século XIX - detalhe de mini saia, regatinha e all star vermelho. 


 "Há... Será que você poderia me ajudar? Estou meio... perdida. - Um riso nervoso escapou de meus lábios.
- É. Eu estou num lugar muito estranho onde... onde... - Era difícil dizer em voz alta. Tomei fôlego. - Onde algumas pessoas pensam ser o século dezenove. - Ri nervosa outra vez. - Dá pra acreditar?
Houve um curto silêncio.
- Claro que dá! E você não está perdida. Está exatamente onde deveria estar."


Em muitas partes do livro eu me coloquei no lugar da Sofia, imaginei como seria se acontecesse comigo. Estar em um lugar em que os costumes são diferentes me proporcionou muitas risadas e uma forte curiosidade em saber como seria se acontecesse comigo. Carina tem o dom de fazer com que você seja a Sofia! A medida que vai lendo o livro você consegue vivenciar cada momento e cada sensação. Eu tenho o probleminha de nunca conseguir me afeiçoar a personagens principais, mas foi impossível para mim, não cair de amores pela desbocada Sofia. 



"E quando ele me perguntou como eram as pessoas no futuro e eu disse: "São assim como eu.", ele gargalhou alto e respondeu: "Então deve ser muito conturbado por lá.", e eu corei porque, na verdade, ele não errou muito."



Nessa louca jornada, Sofia acaba conhecendo Ian, um lindo rapaz que a acolhe por acreditar que ela foi assaltada na estrada, afinal ele nunca havia visto uma mulher com tão pouca roupa que nem ela se encontrava. Sofia então descobre um mundo diferente do dela, roupas, comidas e costumes, mas acima de tudo, descobre que tudo aquilo que ela não acreditava, de alguma maneira ou de outra agora lhe pertencia. 


"Mas eu não poderia viver sem Ian, tinha certeza disso. Seria como tentar viver sem respirar, sufocante, insuportável e impossível."


Não vou me aprofundar mais na história para não estragar as surpresas, mas espero de coração que vocês deem uma oportunidade para Perdida.  Todas as meninas (e meninos, fica a sua escolha) do mundo que anseiam romances alá Jane Austen, devem conhecer o MA-RA-VI-LHO-SO Ian, sério mesmo. Suspirei incontáveis vezes enquanto lia o livro e acredito que vai acontecer o mesmo com vocês.  Carina Rissi acertou em cheio na dosagem de açúcar, tempero e tudo que há de bom, acreditem. O livro mereceu minhas 5 estrelas e com certeza vai virar meu livro de cabeceira. Espero que tenham curtido a resenha e se leram o livro comentem aqui no post, vou amar tagarelar sobre o Ian... Ops, livro com vocês.  

A Ni já resenhou o livro ano passado e quem quiser conferir é só clicar AQUI



Jackie Cerone

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Resenha: Quando Tudo Volta - John Corey Whaley - Novo Conceito.


Sinopse: 
Uma morte por overdose. Um fanático estudioso da Bíblia. Um pássaro lendário. Pesadelos com zumbis. Coisas tão diferentes podem habitar a vida de uma única pessoa? Cullen Witter leva uma vida sem graça. Trabalha em uma lanchonete, tenta compreender as garotas e não é lá muito sociável. Seu irmão, Gabriel, de 15 anos, costuma ser o centro das atenções por onde passa. Mas Cullen não tem ciúmes dele. Na verdade, ele é o seu maior admirador. O desaparecimento (ou fuga?) de Gabriel fica em segundo plano diante da nova mania da cidade: o pica-pau Lázaro, que todos pensavam estar extinto e que resolveu, aparentemente, ressuscitar por aquelas bandas. Em meio a uma cidade eufórica por causa de um pássaro que talvez nem exista de verdade, Cullen sofre com a falta do irmão e deseja, mais que tudo, que os seus sonhos se tornem realidade. E bem rápido.




Minha opinião: 

Quando Tudo Volta é um livro maravilhoso. Gostei da escrita, da capa, dos personagens e até mesmo dos acontecimentos. Como a sinopse mesmo diz o livro abriga temas como overdose, fanatismo religioso e um pássaro lendário- entre outras coisas. A parte do fanatismo foi a que mais gostei, talvez por saber muito pouco e ver como funciona. É engraçado como o homem se apega a algo maior, seja ele de qual religião for, sempre acreditam em um bem maior. Acho isso admirável, mas o mesmo tempo, não. Cullen tenta seguir sua vida com o desaparecimento- ou será fuga- de seu irmão mais novo, mas seu amigo Lucas não desiste e sempre tenta achar suspeitos. Cullen passa por alguns relacionamentos e confesso, dei algumas risadas nessa parte, mas também tive vontade de socar certa personagem. Nosso querido Cullen vire e reto tem pesadelos com zumbis, confesso que me identifiquei com ele nessas partes. Afinal, quem nunca sonhou com esses errantes comedores de cérebros? (Se você não sonhou, não tem problema, é até melhor não ter sonhado)

“Você veio nos pegar. Todas as coisas se vão, todas as coisas se vão. Para nos recriar. Todas as coisas crescem, todas as coisas crescem. Tínhamos nosso modo de pensar. Todas as coisas sabem, todas as coisas sabem. Você teve que encontrar. Todas as coisas se vão, todas as coisas se vão.”


(Essa citação acima é de uma música que Gabriel anotou em um pedaço de papel, foi algo que me chocou e me fez pensar bastante) 

John Corey Whaley conseguiu mostrar coisas bem reais que podem ser notadas em nosso cotidiano, como mortes por overdose, pessoas buscando algo que não necessita ser buscado, fanatismo religioso e entre outras coisas. Eu vejo muito isso, entretanto, nunca havia refletido- essa é a palavra certa- sobre isso. Lendo o livro pude conviver um pouco com essas coisas e também consegui sentir um pouco, coloquei-me no lugar dos personagens. John poderia ter se aprofundado mais e ter colocado mais detalhes, mas tudo bem, o livro ficou ótimo e eu adorei! O livro foi-se passando e eu estava nos três últimos capítulos, até que tudo se esclareceu!


Acho que os três últimos capítulos foram os que eu mais me dediquei a ler, no fim, eu tive um gostinho de quero mais, coisa que pensei que eu não teria. Um pensamento que fiquei após terminar esse livro foi de que tudo volta, nem sempre da maneira que esperamos, mas volta, também não é no tempo que esperamos, mas volta! E aqui eu termino minha resenha dando 4 estrelas ao livro. Eu gostei muito do enredo e da narrativa, porém acho que o autor poderia ter aproveitado mais o que ele tinha em mãos, narrar um pouco mais os fatos e acrescentar detalhes que fariam qualquer leitor cobiçar o livro ainda mais. É isso, espero que tenham gostado da resenha, e caso tenha lido o livro, deixe-me um comentário dizendo o que achou.


Beatriz Cerone

Esse post faz parte do TOP COMENTARISTA ESPECIAL Agosto de Setembro!