[O que eu ando pensando] Não julgue um livro ou o que quer que seja pela capa/cara

Oie pessoal, tudo bem?

Hoje o blog terá uma publicação um pouco diferente, resolvi fazer uma coluna intitulada “O que eu ando pensando” para expor alguns assuntos que quero abordar e não achava lugar no blog para falar. Essa coluna provavelmente irá ao ar a cada 15 dias e não terá tema e nem data fixa.

O assunto que escolhi para iniciar a coluna e debater com vocês é: Você julga um livro (ou qualquer coisa em sua vida) pela capa ou cara dele?

Vou tentar me prender mais ao mundo dos livros, filmes, séries e não as pessoas, pois mudaria muito o foco do blog, apesar de achar que somos muito julgadores de capas e caras por aí, no nosso cotidiano, principalmente em relação a pessoas, como elas se vestem, falam, ouvem ou com quem andam o que é muito relativo, já que uma pessoa pode ser avoada e nem ligar para moda e ser uma pessoa incrível e que faria um bem enorme a sua vida.

Voltando para o mundo do entretenimento, eu mesma já julguei e comprei muito livro pela capa, assisti um filme por achar a capa legal ou deixei de ouvir uma banda que poderia ser bacana por seu gênero ou por não ir com a “cara” do cantor, hoje em dia prefiro conhecer primeiro e depois julgar, exceto com livros, pois ainda julgo um livro pela capa rs.

Alguns exemplos de livros que julguei *bem ou mal* pela capa:

Eu li esse livro a pedido da faculdade e confesso eu julguei ele de todas as formas possíveis, achei que ele ia ser chato e desatualizado, por ser antigo, achei que a narrativa ia ser arrastada, novamente por ele ser antigo e pensei, nossa vou levar anos lendo esse livro, vou detestar e ainda vou perder a chance de ler um livro melhor, e o que aconteceu para a minha surpresa? Amei a leitura, o autor escreveu algo que não foge em nada da nossa realidade, mesmo ele tendo escrito o livro há quase 100 anos atras, o livro é uma distopia contagiante, empolgante, envolvente e muito reflexiva. Adorei!

Sinopse: 

Ano 634 d.F. (depois de Ford). O Estado científico totalitário zela por todos. Nascidos de proveta, os seres humanos (pré-condicionados) têm comportamentos (pré-estabelecidos) e ocupam lugares (pré-determinados) na sociedade: os alfa no topo da pirâmide, os ípsilons na base. A droga soma é universalmente distribuída em doses convenientes para os usuários. Família, monogamia, privacidade e pensamento criativo constituem crime. Os conceitos de "pai" e "mãe" são meramente históricos. Relacionamentos emocionais intensos ou prolongados são proibidos e considerados anormais. A promiscuidade é moralmente obrigatória e a higiene, um valor supremo. Não existe paixão nem religião. Mas Bernard Marx tem uma infelicidade doentia: acalentando um desejo não natural por solidão, não vendo mais graça nos prazeres infinitos da promiscuidade compulsória, Bernard quer se libertar. Uma visita a um dos poucos remanescentes da Reserva Selvagem, onde a vida antiga, imperfeita, subsiste, pode ser um caminho para curá-lo. Extraordinariamente profético, "Admirável mundo novo" é um dos livros mais influentes do século 20. 

Não lia nada da Zibia Gasparetto por puro preconceito literário, eu simplesmente botei na cabeça que não gosto de livros que tenham o espiritismo em seu enredo e não os lia por nada, até que o comprei para dar de presente para a minha sogra que é fã da autora e por pura curiosidade folheei o livro, o li em um dia e gostei muito, apesar de não ser muito fã de contos e para minha surpresa, o livro não abordava a religião e sim os espíritos. Não posso dizer que virei fã desse gênero literário, mas garanto que tentarei ler um livro da Zibia novamente e dessa vez, sem preconceito.

Sinopse:

Em Contos do Dia a Dia, Zibia reúne histórias que, como afirma a própria autora, "me fizeram lembrar os momentos bons em que tive provas da grandeza da vida e da eternidade do espírito". Eles foram psicografados durante reuniões no Centro de Desenvolvimento Espiritual Os Caminheiros, enquanto seu filho, Luiz Gasparetto, recebia os mestres da pintura. A edição é totalmente colorida, com imagens que permeiam o texto e ilustram as narrativas. 

Pense em um livro com uma capa feia, agora olha para a imagem ao lado, sério, essa capa é campeã na feiura, quando a vi no sebo pensei, eu hein deve ser uma história medonha, mas ao ler a sinopse vi que se tratava de um romance histórico e pensei, por que não? Dei uma chance para o livro e não me arrependi, a narrativa da Amanda Quick é maravilhosa e o livro tem mil e uma tramas, na época que o li, ele era um xodózinho.

Sinopse:

Madeline Deveridge sabe que sua reputação não é das melhores. Conhece bem os boatos que a acusam de ter assassinado o próprio marido e ocultado o crime. No momento, porém, ela tem um problema muito mais sério do que ser chamada de “perversa viúva”. Teme que sua querida tia e ela estejam sendo vítimas de uma assombração... E todas as evidências apontam para um culpado inusitado: o espírito do falecido! É claro que isso parece impossível, mas Madeleine não está disposta a arriscar-se. Por isso ela se atreve a recorrer a única pessoa que tem poderes para ajudá-la a descobrir a verdade: o misterioso Artemis Hunt.

Brilhante, implacável e solitário, Artemis tratou de manter grande parte de sua vida em segredo. Ninguém sabe que ele é proprietário dos Pavilhões dos Sonhos, o jardim favorito de Londres ou que ele é mestre de uma sociedade oculta. A curiosidade faz com que, em uma noite de intenso nevoeiro, ele encontre-se com a infame viúva perversa. À primeira vista, Madeleine lhe parece uma pessoa bastante divertida, porém, o entreterimento termina quando ele descobre que ela sabe o suficiente sobre seus negócios para criar um verdadeiro pandemônio em sua existência, meticulosamente organizada. Ele precisa, portanto, ter certeza de que ela jamais revelará seus segredos, mesmo que isso signifique ter que ajudá-la a capturar um fantasma.

Logo que o trato é feito, Artemis e Madeleine percebem que o acordo se complica graças a um ardente desejo que surge entre eles e à descoberta assustadora de que o fantasma representa um perigo real. Eles mergulham, assim, num mundo de intriga e antigos mistérios, no qual uma paixão devastadora e um assassino calculista não podem ser menosprezados.

Um dos livros que mais julguei pela capa sem dúvida foi Deslembrança, assim que vi esse lançamento pensei, esse livro tem que ser meu, comprei e já li logo de cara e o que aconteceu? É o livro é só uma capa bonita, ele foi uma das minhas maiores decepções literárias, principalmente por começar bem e acabar MUITO mal, me senti lesada como leitora, pelo que a autora fez com esse livro. Esse sim é só um rostinho bonito rs.

Vejam minha resenha dele AQUI.

Sinopse:

Toda noite, quando London Lane recosta a cabeça no travesseiro e dorme, cada mínimo detalhe do dia que viveu desaparece de sua memória. Pela manhã, restam-lhe apenas lembranças do futuro: pessoas e acontecimentos que ainda estão por vir. Para conseguir manter uma rotina minimamente normal, London escreve bilhetes para si própria e recorre à sempre fiel melhor amiga. Já acostumada a tudo isso, ela tenta encarar a perda de memória mais como uma fatalidade que como uma limitação. Mas, quando imagens perturbadoras começam a surgir em suas lembranças e London precisa, de algum modo, escapar delas, fica claro que para entender o presente e o futuro ela terá que decifrar o que ficou esquecido no passado.

Esse livro foi outra grande decepção que eu tive, na época só se falava dele, e eu adorei a capa, comprei e me decepcionei muito, a narrativa não me agradou, não me afeiçoei a personagem e a nenhum outro, detestei todas as situações do livro e só não posso dizer que foi perda total, pois o troquei por outro livro.

Sinopse

 

No inverno europeu de 2002, longe dos olhos da mãe e do pai, a jovem italiana Melissa Panarello começou a escrever um diário em que relatava, sem pudores e meias palavras, as precoces e variadas experiências sexuais vividas por uma colegial entre os 15 e os 16 anos. A história de Melissa começa quando ela perde a virgindade aos 15 anos de idade. A descoberta de um mundo novo e diferente, o desejo de amar e se sentir amada e a ilusão de encontrar este sentimento através do sexo. É esse o ponto de partida para um relato que mistura de forma provocadora ficção e realidade, num vasto e surpreendente rito de iniciação sexual. Durante dois anos a protagonista do livro experimenta as mais diferentes práticas sexuais, como se desejasse, através delas, transcender o corpo. Sexo grupal com desconhecidos, orgias regadas a drogas, sadomasoquismo, homossexualismo: nada detém sua curiosidade, mas seu prazer é tingido de repulsa e insegurança. Em sua busca desenfreada, Melissa acaba caindo em um túnel escuro de humilhação e dor, onde se arrisca a perder para sempre aquilo que tem de mais precioso: ela mesma. Antes de dormir, Melissa escova cem vezes os longos cabelos, num ritual de purificação quase infantil que constitui, para o leitor, o único lembrete de que se trata, afinal, de uma menina. Um dos motivos que transformaram Cem Escovadas Antes de Ir para a Cama em sensação literária foi a tênue fronteira entre autora e personagem. Além de compartilhar com sua protagonista o nome, Melissa, a jovem autora afirma ter vivido todas as experiências narradas, trocando apenas nomes e datas. Características que fazem de seu relato uma visão da adolescência em um país onde o sexo ainda é cercado de tabus, e um retrato revelador da sexualidade neste começo do século 21. 

Bom por hoje é isso, senão a coluna vai ficar imensa rs, mas tenho muito mais para falar sobre o tema, portanto, farei mais umas três colunas abordando esse mesmo assunto, mas com músicas, filmes e séries. Caso alguém queira sugerir algum assunto para ser discutido é só me avisar.

Quero saber a opinião de vocês sobre a coluna e sobre o que foi discutido. E vocês julgam um livro ou que quer que seja pela capa/cara?

Beijus

Renata Sara