Sinopse:
Um homem-bomba se explodiu dentro de um café em Jerusalém. Seis corpos foram encontrados. Uma garota, que se casaria naquele dia, morreu junto com o pai "algumas horas antes de vestir seu lindo vestido branco". E Tal não consegue parar de pensar em tudo isso. Tal é uma israelense que, como toda garota de dezessete anos, vive suas primeiras experiências - o primeiro grande amor, as primeiras escolhas profissionais e também o primeiro atentado. Depois de vivenciar esse momento trágico, ela escreve uma carta a um palestino imaginário, coloca em uma garrafa e pede ao irmão, que presta o serviço militar perto de Gaza, para lançá-la ao mar. Algumas semanas depois, recebe a resposta de um certo "Gazaman"...
Minha Opinião:
Comecei
a ler Uma Garrafa no Mar de Gaza com uma expectativa enorme, pois adoro livros
que retratam guerras e momentos históricos importantes que passam no mundo, que
nos parece distante, mas que não é, e conforme a leitura foi fluindo, me
encantei mais ainda, a história é muito boa, a narrativa é ótima, diagramação
perfeita e os personagens incríveis.
Já
deu para perceber que adorei o livro, né? Sim, eu amei ! Adoro ler livros que
me faz refletir, sobre minha vida e sobre o mundo em si, eu adoro história, e
esse livro me fez conhecer um pouco mais sobre a guerra que ocorre no Oriente
Médio e como a população de lá vive.
"Ninguém consegue imaginar o que é esse negócio se nunca esteve aqui. A maneira mais simples de descrever o lugar é enumerando tudo o que ele não tem. Depois disso, imagino que dê para ter alguma ideia: não há rios, não há montanhas, não há vales, não há monumentos históricos, não há centros comerciais tinindo de novos, não há belas ruas com cafés e lojas de luxo, .... A Faixa de Gaza é só areia, ... de maneira sufocante, alias é fácil sufocar aqui." Pag. 29
Começamos
o livro conhecendo Tal, uma garota que não consegue entender o porque dessa
guerra toda, porque pessoas que não se conhecem, tem que abandonar suas casas
e famílias para lutar e morrer na guerra, e quando um homem bomba se
explode numa cafeteria próximo a casa dela, Tal começa a pensar que pode fazer
algo para mudar isso, ou ao menos mostrar, que as pessoas podem acabar com a guerra,
basta se conhecerem e saber escutar umas as outras. Com isso, ela resolve
escrever uma carta, contando como ela é e como é sua vida, como os atentados
mexem com ela e sua visão sobre essa guerra. O seu objetivo é enviar essa carta
para Gaza e se corresponder com alguém do "povo inimigo".
"Se um dia ler esta carta, saberá algumas coisas sobre mim. Você conhecera meu nome, minha idade, a profissão de meu pai, o nome de minha melhor amiga e até mesmo o sobrenome do meu professor de história. De minha parte, ignoro tudo sobre você."
Quem
recebe essa carta é um jovem de Gaza, que responde seus email pelo pseudônimo
de Gazaman, no começo ele não entende o porque dela querer conversar com alguém inimigo
e se irrita com ela e com sua sorte de não viver tão acuado pela guerra como
ele e sua família mas aos poucos, através das cartas, os
dois vão se correspondendo e se entendendo, o que tornou o livro muito bom, e
com uma dinâmica ótima, já que boa parte do livro é através
de cartas, o que tornou a leitura super rápida.
"... É estupida, é assim, a guerra. A guerra imbecil em que israelenses matam palestinos, palestinos matam israelenses, e lá vamos nós, começamos uma nova rodada, mas quem mesmo começou? Eles? Nós? Você? Ninguém se lembra. " Pag. 31
Recomendo
a leitura desse livro para todos, o final dele é surpreendente e encantador,
tenho certeza que você assim como eu, ficara com essa historia marcada em sua
cabeça, e que ira refletir muito sobre tudo que acontece a sua volta, e dar
mais valor a vida que levamos.
Beijus
Renata Sara