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Garotas de vidro - Laurie Halse Anderson - Editora @Novo_Conceito


Sinopse: “Lia e Cassie são amigas há anos, ambas congeladas em seus corpos. No entanto, em uma manhã, Lia acorda com a notícia de que Cassie está morta, e as circunstâncias de sua morte ainda são um mistério. Não bastasse isso, Cassie tentara falar com Lia momentos antes, para pedir ajuda. Lia tem de lidar com o pai, que é um renomado escritor, sua madrasta e a mãe, uma cardiologista que vive ocupada, salvando a vida dos outros. Contudo, seu maior tormento é a voz dentro de si mesma, que não a deixa se esquecer de manter o controle, continuar forte e perder mais, sempre perder mais, e pesar menos. Bem menos.”

Minha opinião: No começo, eu confesso que ler esse livro me deixou sem saber o que escrever. Não sabia se falava bem do livro ou mal. Não sabia se tinha realmente gostado ou detestado. Eu quase abandonei o livro, mas resolvi ir em frente. Lia e Cassie são amigas que disputavam quem ia ficar mais magra, e o livro começa com Cassie já morta e com Lia com distúrbio alimentar.

É como eu sempre digo, eu sou desprovida de sentimentos que me abalem 100%, às vezes, mesmo sendo pecado fico com raiva de pessoas que são alcoólatras, que sofrem de amor, que sofrem por um rompimento, eu não sou uma pessoa que choro por muito tempo por causa de alguma pessoa ou coisa. Então ler esse livro me deu vontade de entrar na história e enfiar comida goela abaixo a Lia, mas eu respirava e pensava que era uma doença, que ela estava fora de si e que ela precisava de tratamento e que eu ia para o inferno todas as vezes que pensava nisso. Bom, leitores do blog é realmente uma doença, e Lia precisava se tratar, assim como Cassie também precisava de ajuda e às vezes você consegue sair de um problema desses, às vezes não. Às vezes pode ser tarde demais, às vezes não.

Meu coração sofreu muito na parte em que Lia suja dentro do micro-ondas para que a madrasta pensasse que ela tinha comido e aí você percebe que Lia é MUITO inteligente.

“Coloco um pouco da farofa de Jennifer em um prato. Aperto o tubo de ketchup por cima e coloco para esquentar no micro-ondas por tempo suficiente para que o ketchup espirre para todo lado. Deixo a porta do micro-ondas aberta para o cheiro poluir a cozinha. Passo um pouquinho de ketchup nos cantos da minha boca, jogo aquela meleca toda no triturar de lixo. Fecho o micro-ondas. Levo o prato sujo e o garfo para a sala de estar, onde coloco na ponta da mesa.”

Eu recomendaria o livro para todos. Recomendaria para todos os jovens e para os pais de todos os jovens, porque com certeza pode abrir o olho de alguns, podem perceber em uma simples frase e ver que os filhos fazem isso também.

“Mas 38,5 me faz querer 34. Para chegar lá vou ter que abrir meus ossos com uma marreta de prata e escavar meu tutano com uma colher de cabo comprido.”

O livro é um ótimo passatempo. Uma história interessante, dramática, mas que vale a pena ser lida, Lia tem uma irmãzinha que é um doce e que sofre com toda essa situação, Jennifer a madrasta é bem legal, eu gostei dela e do modo como ela tratava Lia, o pai já não gostei tanto e a mãe é como uma mãe normal... preocupada e em cima, mas que nem sempre está por perto, pois Lia mora com o pai.

Enfim, eu adorei!

Nota 8,5